Hoje
pela manhã, mais ou menos umas 6h30, meu celular tocou. Quando eu olhei, era
minha mãe, meu coração gelou. Aquela hora não é normal ela me ligar, mas
respirei fundo e disse: “Oi?! Fala mãezinha...” E ela respondeu: “Luana, a May
morreu...” Acho que eu fiquei
alguns segundos em silêncio, e respondi: “Que dozinha mãe, como?!”
Naquele
momento eu não tive sentimentos, eu estava congelada, não consegui reagir, nem
chorar, nem rir, nem nada... Simplesmente congelei.
Até
então eu não lembrava de como era perder um bichinho, sabia que iria doer quando
esse dia chegasse, afinal de contas eles não vivem muito tempo, mas eu esperava
que demorasse mais, muito mais. Mas, foram 13 anos, de muito amor, de muitos
lambeijos, de muito bifinho, e muuuuuuito fedor nas minhas roupas.
Todos
os animais são especiais, TODOS, mas ela era muito especial... Ela sorria,
pedia colo, ia tomar banho sozinha, era manhozinha, dormia sozinha, desde que
tivesse uma coberta bem quentinha, mesmo que estivesse fazendo 50°C.
Hoje eu fiquei
pensando, será que eu amei ela o suficiente? Será que eu briguei de mais? Será
que doeu como ela morreu? Será que ela esperou eu ir visita-la? Será que eu
poderia ter ficado mais um minutinhos com ela? Será que ela foi feliz todos
esses anos? Sinceramente... Eu nunca vou saber, mas eu sinto que poderia ter
feito mais. Mas eu sempre estava com pouco tempo pra leva-la comer graminha no
sol, de leva-la tomar banho no lago, de fazer carinho, de ter paciência pra
tirar fotos com ela... Mas ela... Sempre estava me esperando, incansavelmente,
me esperava... Como se eu nunca tivesse mudado de endereço, como se toda
saudade que ela sentia nunca ia acabar... Por que não acaba, nunca, pra ela. E
enquanto eu escrevo tudo isso, tentando organizar meus pensamentos e escrever o
que eu tô sentindo agora... Talvez muitas pessoas achem exagero, e talvez
seja... Não sei. Mas eu queria poder dar mais um beijinho nela, e receber de
volta, mas não vai ser possível.
Sabe!? Como não
existe céu dos bichinhos, eles amam os seus donos de todos o seu coração, é como
se fosse uma pilha... E quando a pilha acaba, eles vão embora. Por que eles não
sabem brincar pela metade, dormir pela metade, beijar pela metade, viver pela
metade, amar pela metade... Eles amam com tudo que tem, e quando acaba,
simplesmente se vão.
Sim, eu amo
minha Mayzinha, desculpa mais não sei lidar com a perda.
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