Eu não posso dizer que NÃO gosto de dormir, por que estaria mentindo, eu gosto sim, e muito. Apesar de acordar sempre disposta, mesmo no inverno (que eu amo, já comentei isso aqui no blog), gosto de tirar cochilos nos sábados, domingos, feriados... Mas tem uma razão por tanto amor, segue abaixo. Espero que gostem.
A hipersonia é uma condição de sonolência excessiva. O desejo de
continuar dormindo mais do que as 7 a 8 horas habituais pode ter suas origens
em turnos de trabalho com horário variado, distúrbios do sono, sono quebrado
(interrompido várias vezes por diversos fatores), mudanças de fuso horário, uso
de medicação e doenças psiquiátricas. E a falta de sono adequado pode resultar
em hipersonia como uma forma de compensar e recuperar as horas de sono
necessárias. Para que você possa entender melhor, quando uma pessoa viaja para
um país com um fuso horário diferente, a orientação é sempre não obedecer ao
corpo, mesmo que a pessoa esteja cansada e durma apenas quando for a hora
normal de sono para este país. Ou seja, normalmente o corpo tenta compensar as
horas de sono que foram "negadas" na última vez que você tentou
dormir. Se não existe uma rotina ou existe algum distúrbio que está
interferindo em seu sono, seu corpo irá tentar compensar cada vez mais,
quebrando todos os padrões de sono.
No ser humano o ciclo do sono é formado por cinco estágios e dura cerca
de noventa minutos (podendo chegar a 120 minutos). Ele se repete durante quatro
ou cinco vezes durante o sono. Do que se tem registro na literatura
especializada, o período mais longo que uma pessoa já conseguiu ficar sem dormir
foi de onze dias.
Com informações da Agência Fapesp variações do pôr do Sol, determinadas
pela latitude, influem na tendências das pessoas em acordar mais cedo ou mais
tarde. "Pessoas que moram perto da linha do Equador têm maior tendência à
matutinidade, ou seja, preferência por acordar e dormir cedo. À medida que nos
aproximamos dos pólos, os indivíduos vão se tornando mais vespertinos." A
explicação é do professor Mário Pedrazzoli, da Universidade de São Paulo (USP).
O professor Mário Pedrazzoli, da Universidade de São Paulo (USP), acaba
de conseguir provar sua hipótese, lançada em 2005, de que a latitude seria um
dos elementos reguladores do ciclo de sono e vigília. Assim, a dificuldade para
acordar cedo que algumas pessoas apresentam pode ter outra explicação: além de
fatores genéticos e ambientais, essa dificuldade pode ser maior ou menor
dependendo da posição geográfica em que se vive.
Mas o horário em que o sol nasce em cada cidade não era o único fator que
estava influenciando os resultados do estudo. "Perto do Equador, o dia
iluminado dura aproximadamente 12 horas o ano inteiro. Mas, quanto maior a
latitude, maior é a variação no período iluminado. Percebemos que essa era a
variável que fazia a diferença", explicou. Isso quer dizer, por exemplo,
que embora o sol nasça praticamente no mesmo horário em Natal e em Porto Alegre
durante o verão, o pôr do sol acontece mais tarde no Sul do país, estimulando
os moradores da região a ficarem acordados mais tempo. Já no inverno, o sol se
põe praticamente no mesmo horário no Norte e no Sul, mas nasce mais cedo em
Natal do que em Porto Alegre, estimulando os potiguares a acordar e a dormir
mais cedo do que os gaúchos.
Referências:
Fernandes, Regina
Maria França. O SONO NORMAL. Departamento de Neurologia, Psiquiatria e
Psicologia Médica. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP.
Barreto, Luiz
Menna; Lenz, Maria do Carmo Sfreddo; Martinez, Denis. Diagnóstico dos
transtornos do sono relacionados ao ritmo circadiano. J Bras Pneumol.
2008;34(3):173-180
O
Poder do Sono: o programa revolucionário que prepara a mente para um melhor
desempenho/ James B. Maas ... [ et al. ]; tradução de Claudia Girpe Duarte. São
Paulo: Ground, 2000.
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