Dia 04 de fevereiro é o Dia Mundial de Luta Contra o Câncer. Todo mundo
deveria falar abertamente sobre a doença. Debater sobre o câncer é desafiar
ideias, atitudes e comportamentos negativos que perpetuam mitos que causam medo
e estigmatizam. Prevenção é a maneira mais barata e sustentável de reduzir o
impacto global do câncer a longo prazo. A prevenção efetiva do câncer em nível
nacional começa com um plano nacional de controle do câncer (PNCC), que deve
incluir evidências baseadas em políticas apropriadas para o uso de recursos,
programas que reduzem o nível de exposição aos fatores de riscos para o câncer
e melhorias na capacidade das pessoas adotarem estilos de vida que incentivem
uma vida saudável.
Câncer não é só coisa de rico. É
claro que há implicações econômicas, sociais e humanitárias que representam
barreiras significativas para alcançar o desenvolvimento inclusivo e
equitativo. Por isso, o custo-benefício das intervenções deve ser planejado
para garantir acesso à informação e à educação sobre câncer, assim como os
programas de detecção precoce. É necessário ainda garantir acessibilidade a
remédios, vacinas e tecnologias, entregues como parte do plano de controle de
câncer. Medidas de proteção social, incluindo a cobertura universal de saúde,
são essenciais para assegurar que todos tenham total acesso aos serviços de
saúde e oportunidades para prevenir e tratar o câncer.
Por razões pouco conhecidas, obesidade e vida sedentária aumentam a
incidência de certos tipos de câncer. Combinados, os dois fatores são
responsáveis por 20% dos casos de câncer de mama, 50% dos carcinomas de
endométrio (camada que reveste a parte interna do útero), 25% dos tumores
malignos do cólon e 37% dos adenocarcinomas de esôfago, enfermidade cujo número
de casos aumenta exponencialmente.
Diversos mecanismos biológicos podem ser evocados para explicar o efeito
protetor do exercício na evolução de tumores malignos. Os mais aceitos
consideram que o trabalho muscular reduz os níveis sanguíneos de insulina e de
certos fatores de crescimento liberados pelo tecido adiposo, capazes de
estimular a multiplicação das células malignas.
Reduzir em 50% a probabilidade de morrer de câncer de mama ou de
intestino, pela adoção de um estilo de vida mais ativo, é um resultado
inacreditável: nenhum tipo de radioterapia ou de quimioterapia – por mais
agressiva que seja – demonstrou provocar esse impacto.
Referências:
SALES, Cibele Alves
Chapadeiro; PAIVA, Luciana; SCANDIUZZI, Délcio; ANJOS, Anna Claúdia Y.
Qualidade de vida de mulheres tratadas de câncer de mama: funcionamento social.
Rev. bras. cancerol; 47(3):263-272,
jul.-set. 2001. tab, graf.
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